domingo, 3 de novembro de 2013

 

 

O programa Mais Médicos e as dificuldades linguísticas.

Introdução:

        Através de pesquisas em jornais, revistas e sites sobre o  Programa Mais Médicos do governo federal, que faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, onde prevê mais investimentos em infra estrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há escassez e ausência de profíssionais.
     Percebemos que uma grande dificuldade destes profissionais, não é a infra-estrutura dos hospitais, ou a falta de aparelhos e medicamentos, mas sim a língua portuguesa, que apesar de não ser um grande empecilho para os termos médicos que em sua maioria provém do latim, ou do grego, atrapalha em uma questão importante entre médico e paciente.

       Uma reportagem da  revista Língua Portuguesa revela que, há no país ao menos 2.399 médicos estrangeiros, de acordo com os últimos dados da Demografia Médica no Brasil. Todos estão aqui muito antes de o Mais Médicos sair do papel. Vêm de 53 países - a América Latina representa 94% do total. No topo da lista estão os bolivianos, que somam 880, seguidos por 401 peruanos e 264 colombianos. Cuba está em quarto lugar, com 216 médicos em atuação veterana no território nacional.

- A comunicação com o paciente não é só pela linguagem falada ou escrita. Pode-se fazer gestos ou expressões, mas na hora de orientar uma dieta ou tentar mudar um estilo de vida, é preciso usar uma linguagem que seja bem interpretada por ambas as partes - afirma o médico argentino Hugo Luís Fernandez.

Ele chegou ao Brasil em 1989, já formado, com sua namorada brasileira, e achou que jamais entenderia o português de maneira mais aprofundada. Com paciência e esforço, diz que foi entendendo cada vez mais a língua e contou com a ajuda da sogra, professora de português.

- Tinha grande dificuldade em entender as diferentes formas de pronunciar as palavras conforme a região de origem do sujeito. As expressões idiomáticas não são fáceis de serem traduzidas e há abuso da linguagem grosseira. Apesar disso, entre os profissionais há uma linguagem bastante comum, já que os termos são derivados do latim e aqui é comum usar livros em inglês e espanhol - conta o médico da família, que trabalha na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Carombé, na zona norte da cidade de São Paulo.
 
É comum encontrarmos títulos de matérias como:


Nova leva de médicos cubanos tem dificuldade em falar português

  Falta de fluência em língua portuguesa deve ser o maior desafio para profissionais

     Na reportagem de Kamila Dourado do site R7, em Brasília.
Mostra que cerca de 2.000 médicos cubanos iniciaram a etapa de treinamento para atuarem em hospitais e postos em todo País. Nas próximas duas semanas, além de aulas sobre saúde básica e sistema de saúde brasileiro, os profissionais vão estudar a língua portuguesa. Em entrevista com o R7, alguns médicos cubanos afirmam que sua maior dificuldade, não são as estruturas precárias ou a falta de medicamentos que vão encontrar no interior do Brasil, que mais os assustam mas sim as dificuldades linguísticas.

    Alguns médicos entrevistados em espanhol afirmam que vão estudar o português com afinco, para que possam desempenhar um bom trabalho e para que este deixe de ser um fato de desconforto.

   O curso tem carga horária de 120 horas e tem ênfase em conhecimentos linguísticos, de comunicação, doenças prevalentes no Brasil e também aspectos éticos e legais de práticas médicas.


Bibliográfia: Revista Língua Portugues. 2013





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