quinta-feira, 30 de maio de 2013

Projeto Pedagógico - Gêneros Textuais


PROJETO PEDAGÓGICO
Projeto desenvolvido com o objetivo de trabalhar os Gêneros Textuais em sala de aula.

Objetivo: Levar a classe à construção de um roteiro com base em uma narrativa.
Tempo de duração previsto: 15 minutos
Materiais: roteiros de filmes baseados em livros que possam servir como exemplo

Procedimentos:
1.    Representar uma pequena cena do filme “Se Eu Fosse Você” utilizando a narrativa do roteiro para apresentar os elementos deste gênero.
2.    Definir o gênero textual roteiro oralmente
3.    Discutir com a classe as linhas gerais de estruturação de um roteiro cinematográfico
4.    Discutir sobre os diferentes tipos de roteiros possíveis (turístico, de telenovela)
5.    Apresentar para a classe as diferentes características de um roteiro para uma   narrativa através do roteiro do filme “Crepúsculo” para a narrativa do livro de mesmo nome escrito por Stephenie Meyer.
6.    Propor à classe a escrita de uma pequena narrativa que possa ser transposta em seguida para a estrutura de um roteiro.

BIBLIOGRAFIA

SILVA. Tânia Mara Silva de. A construção de sentido no gênero roteiro com enfoque na referenciação. 2007. 113 p. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói   
MEYER, Stephenie. Crepúsculo. São Paulo: Intrínseca, 2008

Fatores de Textualidade

Estudo e Análise com base no livro “Redação e Textualidade” de Maria da Graça Costa Val.

O QUE É UM TEXTO?
- linguagem em uso

O QUE É TEXTUALIDADE?
- Características que fazem com que um texto não seja apenas uma sequenciam de frases

COERÊNCIA E COESÃO
-Sentido do Texto
-Partilhar conhecimento entre os interlocutores
-Coesão: unidade formal do texto
-Coerência: promover a inter-relação entre os elementos do discurso
-Coesão e Coerência de um texto também depende do conhecimento do recebedor

INTENCIONALIDADE E ACEITABILIDADE
-Protagonistas do ato da comunicação – Beaugrande e Dressler (1983)
-Intencionalidade: construir um discurso coerente e coeso
-Aceitabilidade: se refere a expectativa do recebedor de o que o texto com que se defronta seja útil e relevante

SITUACIONALIDADE
-Pertinência e relevância do texto quanto ao contexto em que ocorre.
-Adequação do texto a situação sociocomunicativa

INFORMATIVIDADE
-Interesse do recebedor pelo texto vai depender do grau de informatividade
-A medida na qual as ocorrências são esperadas ou não, conhecidas ou não

INTERTEXTUALIDADE
-Fatores que fazem a utilização de um texto dependente do conhecimento de outros textos

O texto escolhido para analise foi a capa da Revista Veja referente à renúncia do Papa Bento XVI publicada em fevereiro de 2013.

Coerência e Coesão
Texto de acordo com o conhecimento de mundo do leitor

Intencionalidade e Aceitabilidade
Comover e chamar a atenção para a causa católica 

Situacionalidade
Momento conturbado para a Igreja Católica devido às denuncias/questionamentos

Informatividade
Alto grau de informatividade
Intertextualidade
Remete ao sacrifício de Jesus Cristo
 
BIBLIOGRAFIA

Costa Val,  MARIA DA Graça. Redação e Textualidade. 3ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006
MARIO SABINO. Como um Raio Divino. Revista VEJA, São Paulo, Ano 46 no 08, fevereiro/2013, capa.
 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Análise da conversação

ANÁLISE DA CONVERSAÇÃO – CORPUS DE PESQUISA

O estudo a seguir falará do perfil de estudantes universitários de classe média que frequentam a região do Itaim Bibi em São Paulo. A conversa coletada para análise foi gravada no dia vinte e um de maio de dois mil e treze no Brascan Open Mall, o shopping a céu aberto, localizado na Rua Joaquim Floriano, 466. Os interlocutores aqui citados serão tratados por falante “A” e falante “B” – estudantes universitárias do Curso de Secretariado na faixa etária entre 20 e 30 anos.

A conversa foi gravada na Praça de Alimentação do Shopping.



Legenda 
Sinais utilizados para a transcrição da conversa a ser a analisada a seguir:

Falas simultâneas =   [[
Sobreposição de vozes = [
Sobreposição localizadas = [ ]
Pausas = (+)
Dúvidas e suposições = (incompreensível) & ( )
Truncamentos = / 
Ênfase = MAIUSCULA
Alongamento de vogal = : :
Comentários = ((      ))
Interrogação = ””


TRANSCRIÇÃO DO CORPUS DE PESQUISA

A: Já começaram as provas””
B: Sim, (essa semana sim)
     Mais eu já fiz umas quatro provas.
     Minha filha, eu tô faltando mais que qualquer coisa. Só Deus (incompreensível)
A: Eu já reprovei por falta
B: Acho que vou pegar uns dois DPs esse semestre porque inglês eu falto mais do que tudo.
A: (incompreensível) Já que semana que vem é prova eu tenho desculpa pra chegar
     cedo em casa todo dia entendeu”” (+)
     Mais cedo
B: Por que””
A: Porque eu tenho que ficar fora de casa pra fingir que eu tô (estudando)
B: Eu não acredito!
A: Juro pra você
B: Cê tá fazendo isso””
A: É. De vez em quando. Ontem eu falei que fui dispensada porque teve simulado do
     Enade e eu já fiz o semestre passado
B: Isa::bela. Nos dias que eu tava faltando fiz a mesma coisa.
B: Meu Deus, eu não sou mais aprendiz de minhoca ((ri))
A: Não, cê é aprendiz de Isabela inteira ((ri))
B: Porque puta que pariu, eu tô faltando de quinta-feira
A: hãm
B: e de quarta-feira.
A: Ótimo
B: Eu só tenho umas 8 faltas (incompreensível)
A: Quarta-feira a gente vai fazer o quê””
     Tipo amanhã? A gente vai passar no shopping? ((ri))
B: ki que cê fica fazendo, você vai pro Shopping, vai pro bar
A: Eu:: vo::u andar de metrô
A: Eu vou até a Vila Madalena da Vila Madalena eu vou até o Tamanduateí
B: Eu não acreditu
B: ((ri alto)) (+) (incompreensível) andá de metrô
A: ok eu / mas eu vou fazê o que””
B: Vai ficá andando de metrô
A: ((tossindo)) É. Pelo menos é barato, né?
     Se eu for pro shopping eu vou torrá todo o meu dinheiro e acabá com o meu
     limi::te do meu cartão.
B: Tivemos uma aprovação no passeio de metrô, uhhu!
B: Alguma coisa alguém que passeia de metrô sem necessidade
A: (+) É né”” Tem que disfarçar (incompreensível)
B: Mas a sua mãe pega no seu pé””
A: pega.(+)
     “Cê não vai pra faculdade hoje””
      Nunca tem aula nessa porcaria dessa sua faculdade”
B: Nossa, meu pai falô “quê ISSO
    essa faculdade parece escola estadual. ((gesticula)) (+)
    Como que o professor falta, cê tá pagando como que ele falta”
A: (incompreensível) atividade eu encaminho pra minha mãe,
     “olha não vai ter aula”
A: Eu (incompreensível) assim só que segunda-feira passada meu professor  de espanhol faltô. 
     Marcio, cê conheceu””
B: (incompreensível) (+)
A: Só que a secretaria não avisô
B: a falta dele hãm
A: Então eu cheguei mais cedo em casa e avisei que o professor faltô
     pra que”” meu pai fez um escarcéu. (+)
B: (incompreensível)
A: “cê tá pagando a faculdade pro professor ficá faltandu
     Não é a primeira vez que esse cara falta.”
     É a primeira vez que ele faltô ((ri))
B: a primeira vez que ele faltô de verdade, né? (incompreensível)
A: é de verdade (incompreensível) (+)
B: A::h, me::u De::us (+)
B: o professor de inglês de sexta-feira ele sabia que tem gente que
    (incompreensível) que vai num      vai, vai num vai. 
    Eu falei mãe o professor tá de licença ki que eu posso fazer. (+)
    Não é possível que não vai ning..


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista que a análise da conversação é um estudo analítico dos processos conversacionais, o seu estudo e pesquisa é importante para compreender a estrutura, os objetivos e os elementos conversacionais, temas relevantes quando se trata de linguagem e interação.
O presente estudo, embasado no livro de Marcuschi, analisou uma situação conversacional cotidiana descrevendo-a de forma analítica para reconhecimento das características sócio culturais e dos usos que os respectivos falantes fazem da linguagem. E o objetivo final deste estudo é este, identificar e analisar os processos conversacionais de um determinado grupo dentro do campo da análise da conversação.


BIBLIOGRAFIA
MARCUSCHI, L.A. Análise da Conversação. 6 ed. São Paulo: Ática, 2007b.
DIONISIO, Ângela P. Análise da Conversação. IN: Musaalim, F. & BENTES, A.C. (orgs). Introdução à Linguística – Domínios e Fronteiras. 6.ed. São Paulo: Cortez, Vol. 2, 2005, p. 69-99.